FISIOTERAPIA
O que é?
Fisioterapia é a ciência que estuda, diagnostica, previne e recupera pacientes com distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano. Trabalha com doenças geradas por alterações genéticas, traumas ou enfermidades adquiridas.
O objetivo desta área é preservar, manter, desenvolver ou restaurar (reabilitação) a integridade de órgãos, sistemas ou funções. Utiliza-se de conhecimento e recursos próprios como parte do processo terapêutico nas condições psico-físico-social para promover melhoria de qualidade de vida.
Algumas doenças tratadas pela fisioterapia
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Artrite e artrose
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Atrofia muscular
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Cifose torácica e hipercifose
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Deformidades congênitas do pé
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Doenças musculosqueléticas
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Dor cervical (cervicalgia)
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Dor de cabeça
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Dor na coluna torácica (dorsalgia)
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Dor nos joelhos (gonartrose)
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Dor nos ombros
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Epicondilite
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Escoliose
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Esporão do calcâneo
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Fasceíte plantar
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Fibromialgia
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Flacidez vaginal
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Hérnia de disco
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Incontinência urinária pós prostatectomia
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Lombalgia (dor lombar)
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Lordose
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Luxação patelar
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Luxações
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Paraplegia
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Pé torto
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Tendinite
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Torcicolo
Cervicalgia
A cervicalgia é um distúrbio musculoesquelético comumente reportado, que afeta de 10 a 20% da população geral e aproximadamente, 70% dos indivíduos em alguma época de sua vida, o que justifica a grande frequência de tais pacientes em consultórios de reumatologia e os milhões de dólares gastos anualmente no seu tratamento e ressarcimento. Pela dificuldade em identificar causas específicas de dor, a maioria dos pacientes tem diagnóstico de dor cervical mecânica, embora causas graves e incapacitantes, como as doenças inflamatórias, neoplásticas ou infecciosas, devam ser sempre lembradas.
O segmento cervical da coluna vertebral é composto por sete vértebras. Estas se articulam umas com as outras por meio de um sistema de articulações de complexidade pouco usual. Cada par de vértebras é separada pelo disco intervertebral e um par de articulações apofisárias, como em outras regiões da coluna. Entretanto, peculiarmente, os corpos vertebrais da região cervical articulam-se também através de um par adicional de articulações sinoviais em sua face póstero-lateral.
O principal distúrbio cervical que leva um paciente a procurar ajuda médica é a dor, seguida de deformidades e sintomas neurológicos como parestesias, fraqueza nos membros superiores ou espasticidade.
As princípais causas da cervicalgia são mecânicas ou traumáticas, as quais derivam principalmente de causas degenerativas, agrupadas sob o termo geral de espondilose ou espondiloartrose.
Os estudos clínicos são ainda insuficientes para se definir a melhor abordagem terapêutica, embora esta dependa fundamentalmemte do fatos casual. Identificar e tratar de modo específico a doença é primordial.
Dica: Alongamento para quem sente dor na cervical
Lombalgia e Lombociatalgia
A lombalgia aguda é de alta prevalência e na maioria dos casos há resolução espontânea. É a mais prevalente causa de consulta médica após o resfriado comum, sendo que cerca de 80% das pessoas no mundo terão ao menos um episódio ao longo de suas vidas. Afeta homens e mulheres igualmente, com pico de incidência entre 30 e 50 anos.
Devem ser objetivos do tratamento da lombalgia mecânico-postural aguda a diminuição de sintomas com menor efeito colateral ou toxicidade e certificar o paciente da benignidade de sua doença, pois grande parte delas terá boa evolução mesmo sem tratamento. Os medicamentos utilizados incluem analgésicos, anti-inflamatórios não hormonais (AINHO), relaxantes musculares, corticosteroides e opioides.
Na lombalgia crônica, nenhuma terapia é eficiente, deve-se orientar o paciente sobre a necessidade de mudança de hábitos e, principalmente, a atitude de manter-se a espera passiva do alívio da dor. Os exercícios são indicados para se reduzir a sintomatologia e prevenir a recorrência de crises.
Lombalgia é definida como dor na região póstero-inferior do tronco compreendida entre o último arco costal e a prega glútea. Lombociatalgia é definida como dor lombar que se irradia pelo território de inversão do ciático. O termo pseudociática é utilizado por alguns referindo-se a dor com irradiação que não ultrapassa o joelho.
Dorsalgia
A dorsalgia pode ser definida como dor na região dorsal, podendo alcançar a região torácica e irradiar-se para cintura escapular, ombros e região lombar.
Apesar da dorsalgia ser uma queixa menos frequente no consultório médico que as cervicalgias e lombalgias, ela não deixa de ter seu significado clínico e representar um verdadeiro desafio diagnóstico.
A coluna dorsal é o segmento da coluna vertebral com menor mobilidade. Seus movimentos são limitados pelos ligamentos da própria coluna vertebral, pela disposição das apófises espinais e orientação das facetas e também por todos os elementos ósseos, cartilaginosos e articulares da caixa torácica (costelas e esterno).
O tratamento específico deve ser dirigido à doença subjacente: antibióticoterapia nas infecções, e antiinflamatórios não-hormonais, corticosteróides DMARDs (drogas anti-reumáticas modificadoras de doença) nas artropatias inflamatórias, por exemplo.
Para alívio da dor, utilizam-se analgésicos simples e, mais raramente, analgésicos opióides. Antiinflamatórios não-hormonais e miorrelaxantes podem ser associados. Antidepressivos tricíclios, em baixas doses, são prescritos nos pacientes com dor crônica, fibromialgicos ou naqueles com dor miofascial.
AVC (Acidente Vascular Cerebral)
A fisioterapia atua na recuperação funcional do indivíduo que sofreu acidente vascular cerebral, possibilitando e auxiliando o retorno às suas atividades de vida diária e ao convívio social.